Todos os componentes e equipamentos elétricos têm capacidade máxima para suportar a tensão elétrica e isso varia de acordo com suas características e normas. Para ter uma redução dos efeitos nocivos nas sobtensões que podem atingir uma instalação elétrica, existem Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS). Mesmo que sejam mais resistentes do que os demais equipamentos e componentes eletroeletrônicos, podem também ser afetados pelas sobtensões os condutores elétricos. E, quando isso acontece, haverá um rompimento permanente de sua isolação, podendo provocar curtos-circuitos, incêndios e choques. Tal dano aos fios e cabos elétricos é permanente e, se acontecer, o produto precisa ser substituído imediatamente. De acordo com a norma ABNT NBR 5410:2004, as instalações alimentadas por linha total ou mesmo parcialmente aérea, desde que em regiões com trovoadas por mais de 25 dias ao ano, precisam ser providas de DPS. Isso significa quase todo o território nacional. Sem contar que seu uso é obrigatório também em estruturas e edificações que tenham um sistema de proteção contra as descargas atmosféricas, ou seja, para-raios.
A instalação do DPS
Antes da instalação é necessário compreender sua finalidade e localização. Veja como:
É importante a inserção de um DPS, pelo menos, no ponto inicial da instalação, podendo ser ou não a Caixa Geral de Entrada da edificação. Veja a norma para uma localização exata;
Embora não obrigatório, é conveniente a instalação de dispositivos adicionais pela rede, de forma a atenuar a tensão que se propaga e assim reduzir os danos possíveis aos equipamentos. DPS adicionais podem ser instalados dentro dos quadros de distribuição ou de um quadro terminal e outros DPS (filtros de linha) são estabelecidos nos equipamentos e nos aparelhos eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
É preciso considerar, como regra geral, a obrigação do aterramento do condutor neutro na entrada da instalação. Assim o DPS será instalado entre os condutores de fase e também no sistema de aterramento, apenas. Fonte: Imagem