Certamente conhecemos poucas pessoas que não tem medo de choque elétrico e, mesmo para quem não tem medo, choques elétricos são extremamente perigosos porque quando não causam a morte, podem provocar queimaduras e outras sequelas bem dolorosas. No decorrer do desenvolvimento da engenharia, diversos materiais foram testados como isolantes em instalações elétricas. Materiais como areia, fibra de vidro e goma eram usados para tentar garantir que fios e cabos não fossem danificados por causa do envelhecimento das instalações e dos materiais oxidantes. Atualmente, basicamente dois tipos de isolamento são adotados: os termoplásticos e os termofixos. Na categoria dos termoplásticos encontramos o polietileno (PE) e o cloreto de polivinila (PVC). Na dos termofixos temos: etileno propileno (EPR) e o polietileno reticulado (XLPE). Por possuírem boa resistência em relação aos agentes oxidantes e ao envelhecimento térmico, os termofixos baseados em polipropileno (EPR) podem ser usados em condutores de baixa e média tensões, ou seja, são indicados para ambientes quentes. Por se tratar de um tipo de borracha bastante flexível, o EPR também pode ser aplicado em ambientes com baixas temperaturas. O efeito treeing é um efeito responsável pela formação de arborescências na isolação que resultam em descargas localizadas e consequente deterioração do material. A umidade é um dos principais causadores desse fenômeno e, por isso, no caso de materiais baseados em XLPE, que também podem ser usados em instalações de baixa e média tensão, a recomendação é de que não sejam recomendados para cabos submetidos a algum tipo de umidade, tais como canaletas ou redes subterrâneas. Mesmo apresentados características próprias, isolações em EPR e XLPE apresentam algumas propriedades em comum, as quais podemos citar: elevada resistência ao envelhecimento provocado por causas elétricas e químicas, homogeneidade na isolação, baixa absorção de umidade e falta de sensibilidade à vibração.